sábado, 29 de dezembro de 2012

COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO DE Marie Cristine Josso


AS NARRAÇÕES CENTRADAS SOBRE A FORMAÇÃO
DURANTE A VIDA COMO DESVELAMENTO
DAS FORMAS E SENTIDOS MÚLTIPLOS
DE UMA EXISTENCIALIDADE SINGULAR-PLURAL

A autora propõe uma discussão sobre a importância do outro no processo de formação de cada pessoa. Destacando a subjetividade existente no decorrer da formação.
Para a autora o sujeito constrói seu processo de formação, através das experiências individuais, sem perder de vista a contribuição do outro, que também é responsável pelo processo de formação. Além disso, as histórias de vida de cada pessoa junto com o processo sociocultural torna visível a pluralidade nesse processo.
Ao longo da vida nossa identidade vai sendo transformada de modo que através das reflexões possamos compreender as expressões da nossa existência, tornando possíveis novas retomadas das práticas docentes ou não.
Para Josso, 2008 “Trabalhar as questões identitárias, através da análise e da interpretação de narrativas de vidas escritas, permite-nos evidenciar a pluralidade, a fragilidade e a mudança de nossas identidades ao longo da vida”.
A autora destaca o trabalho realizado através das narrativas de experiências, como sendo uma oportunidade de compreensão dos processos de formação, de conhecimento e de aprendizagem, e informam, a seu modo, a questão da identidade. Segundo ela:

A história de vida narrada é, assim, uma mediação do conhecimento de si na sua existencialidade que oferece, para a reflexão do seu autor, oportunidades de tomada de consciência dos vários registros de expressão e de representação de si, assim como sobre as dinâmicas que orientam a sua formação.( JOSSO, 2008, p-19)



Entendemos então que essa é uma ideia de compreensão da sua formação a partir de si mesma e das experiências dos outros. Sendo orientado pelos registros de sua própria vida e relatos das outras pessoas.
Portanto, compreendemos que em sua formação o sujeito pode se apoiar na auto-orientação, e através da mesma buscando assim por meio da singularidade descobrir a pluralidade. O ser humano pode compreender-se a partir da invenção de si no singular plural, buscando então uma liberdade de construção formativa.


SÉRGIO NASCIMENTO


JOSSO, Marie Cristine. As narrações centradas sobre a formação durante a vida como desvelamento das formas e sentidos múltiplos de uma existencialidade  singular-plural. Revista da FAEEBA Educação e contemporaneidade / Salvador. UNEB, 1992


Um comentário:

  1. Caro Sérgio, boa tarde!!

    Você extraio bem as principais mensagens do texto.
    A formação de cada um nós, enquanto processo em aberto, pois somos sujeitos inacabados, como disse Freire (1996), se constitui na alternância entre objetividade e subjetividade. Sendo assim, o ato de narrar, de contar a própria história de vida, em si, traz um principio formativo.

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